EP - Antes que passe

Antes que passe

Sobre o EP

Antes que Passe é o primeiro EP do projeto EUFORIA e carrega em cada faixa a urgência de quem sente demais e pensa fundo — antes que o momento escorra pelos dedos. São três músicas inéditas que mergulham nas contradições humanas com lirismo, crítica e intensidade. Achei que seria interessante fazer uso de uma licença poética e trazer 4 versões diferentes para a canção... "Versões".

Por meio de letras que questionam verdades absolutas, investigam os impulsos invisíveis que nos movem e desafiam o desejo condicionado, o EP propõe uma jornada reflexiva. Cada faixa pulsa como uma explosão de consciência, um instante de lucidez no meio do caos cotidiano. Porque se a euforia é passageira, que pelo menos ela nos atravesse com verdade. Que nos acorde, nos provoque, nos transforme — antes que passe.

Músicas

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1
Versões I
X
  • Letra
  • Inspirações

Versões

Quantas certezas cabem no peito de um só?
Você jura que vê, mas eu vejo o oposto
Verdades empilhadas feito muros de giz
Basta uma chuva e tudo fica por um triz

Você aponta, eu também
Cada qual com seu desdém
Mas quem sangra no meio
É porque não escolheu bem

No que você acredita?
E quem te ensinou a crer?
Será que a sua história
Precisa me esquecer?
Se só há uma verdade
O resto vira traição
Mas se tudo é só versão
Quem é dono da razão?

Nos altares modernos, as telas pregam
Cada dedo um juízo, cada like uma sentença
E quando a paz é só a pausa entre conflitos
Chamar de amor já é um risco

Você defende, eu também
Mas que mundo isso sustém?
Se a palavra vira arma
O silêncio vira refém

No que você acredita?
E quem te ensinou a crer?
Será que a sua história
Precisa me esquecer?
Se só há uma verdade
O resto vira traição
Mas se tudo é só versão
Quem é dono da razão?

E se eu disser que mudei?
Você vai me escutar ou vai só me rotular?
A fé que constrói também pode excluir
E a dor não escolhe um lado pra cair

No que você acredita?
E quem te ensinou a crer?
Será que a sua história
Precisa me vencer?
Se só há uma verdade
A gente perde a conexão
Mas se tudo é só versão
Ainda vale a discussão?

Ainda vale a discussão?

A canção "Versões" nasce da inquietação diante da rigidez com que muitas pessoas tratam suas próprias crenças — como se a verdade fosse propriedade individual e não uma construção coletiva, frágil e mutável. Em uma sociedade marcada por bolhas ideológicas, julgamentos apressados e narrativas que competem por legitimidade, a música questiona: no que acreditamos, e o que fazemos com isso? A letra aborda as consequências de se transformar verdades em trincheiras, revelando como essa lógica excludente pode gerar isolamento, sofrimento e violência simbólica ou real.

Mais do que apontar dedos, "Versões" convida à autocrítica e à empatia. Ela expõe as armadilhas da comunicação em tempos digitais — onde uma palavra mal colocada pode virar munição e o silêncio, um ato de resistência. Ao trazer metáforas como “muros de giz” e “altares modernos”, a música coloca em cena o contraste entre a convicção e a dúvida, entre o pertencimento e a exclusão. No fundo, ela nos pergunta se ainda somos capazes de ouvir sem rotular, de discutir sem destruir, de conviver sem exigir concordância plena. É um convite à reflexão sobre os limites da nossa própria verdade.

2
Versões II
X
  • Letra
  • Inspirações

Versões

Quantas certezas cabem no peito de um só?
Você jura que vê, mas eu vejo o oposto
Verdades empilhadas feito muros de giz
Basta uma chuva e tudo fica por um triz

Você aponta, eu também
Cada qual com seu desdém
Mas quem sangra no meio
É porque não escolheu bem

No que você acredita?
E quem te ensinou a crer?
Será que a sua história
Precisa me esquecer?
Se só há uma verdade
O resto vira traição
Mas se tudo é só versão
Quem é dono da razão?

Nos altares modernos, as telas pregam
Cada dedo um juízo, cada like uma sentença
E quando a paz é só a pausa entre conflitos
Chamar de amor já é um risco

Você defende, eu também
Mas que mundo isso sustém?
Se a palavra vira arma
O silêncio vira refém

No que você acredita?
E quem te ensinou a crer?
Será que a sua história
Precisa me esquecer?
Se só há uma verdade
O resto vira traição
Mas se tudo é só versão
Quem é dono da razão?

E se eu disser que mudei?
Você vai me escutar ou vai só me rotular?
A fé que constrói também pode excluir
E a dor não escolhe um lado pra cair

No que você acredita?
E quem te ensinou a crer?
Será que a sua história
Precisa me vencer?
Se só há uma verdade
A gente perde a conexão
Mas se tudo é só versão
Ainda vale a discussão?

Ainda vale a discussão?

A canção "Versões" nasce da inquietação diante da rigidez com que muitas pessoas tratam suas próprias crenças — como se a verdade fosse propriedade individual e não uma construção coletiva, frágil e mutável. Em uma sociedade marcada por bolhas ideológicas, julgamentos apressados e narrativas que competem por legitimidade, a música questiona: no que acreditamos, e o que fazemos com isso? A letra aborda as consequências de se transformar verdades em trincheiras, revelando como essa lógica excludente pode gerar isolamento, sofrimento e violência simbólica ou real.

Mais do que apontar dedos, "Versões" convida à autocrítica e à empatia. Ela expõe as armadilhas da comunicação em tempos digitais — onde uma palavra mal colocada pode virar munição e o silêncio, um ato de resistência. Ao trazer metáforas como “muros de giz” e “altares modernos”, a música coloca em cena o contraste entre a convicção e a dúvida, entre o pertencimento e a exclusão. No fundo, ela nos pergunta se ainda somos capazes de ouvir sem rotular, de discutir sem destruir, de conviver sem exigir concordância plena. É um convite à reflexão sobre os limites da nossa própria verdade.

3
Versões III
X
  • Letra
  • Inspirações

Versões

Quantas certezas cabem no peito de um só?
Você jura que vê, mas eu vejo o oposto
Verdades empilhadas feito muros de giz
Basta uma chuva e tudo fica por um triz

Você aponta, eu também
Cada qual com seu desdém
Mas quem sangra no meio
É porque não escolheu bem

No que você acredita?
E quem te ensinou a crer?
Será que a sua história
Precisa me esquecer?
Se só há uma verdade
O resto vira traição
Mas se tudo é só versão
Quem é dono da razão?

Nos altares modernos, as telas pregam
Cada dedo um juízo, cada like uma sentença
E quando a paz é só a pausa entre conflitos
Chamar de amor já é um risco

Você defende, eu também
Mas que mundo isso sustém?
Se a palavra vira arma
O silêncio vira refém

No que você acredita?
E quem te ensinou a crer?
Será que a sua história
Precisa me esquecer?
Se só há uma verdade
O resto vira traição
Mas se tudo é só versão
Quem é dono da razão?

E se eu disser que mudei?
Você vai me escutar ou vai só me rotular?
A fé que constrói também pode excluir
E a dor não escolhe um lado pra cair

No que você acredita?
E quem te ensinou a crer?
Será que a sua história
Precisa me vencer?
Se só há uma verdade
A gente perde a conexão
Mas se tudo é só versão
Ainda vale a discussão?

Ainda vale a discussão?

A canção "Versões" nasce da inquietação diante da rigidez com que muitas pessoas tratam suas próprias crenças — como se a verdade fosse propriedade individual e não uma construção coletiva, frágil e mutável. Em uma sociedade marcada por bolhas ideológicas, julgamentos apressados e narrativas que competem por legitimidade, a música questiona: no que acreditamos, e o que fazemos com isso? A letra aborda as consequências de se transformar verdades em trincheiras, revelando como essa lógica excludente pode gerar isolamento, sofrimento e violência simbólica ou real.

Mais do que apontar dedos, "Versões" convida à autocrítica e à empatia. Ela expõe as armadilhas da comunicação em tempos digitais — onde uma palavra mal colocada pode virar munição e o silêncio, um ato de resistência. Ao trazer metáforas como “muros de giz” e “altares modernos”, a música coloca em cena o contraste entre a convicção e a dúvida, entre o pertencimento e a exclusão. No fundo, ela nos pergunta se ainda somos capazes de ouvir sem rotular, de discutir sem destruir, de conviver sem exigir concordância plena. É um convite à reflexão sobre os limites da nossa própria verdade.

4
Versões IV
X
  • Letra
  • Inspirações

Versões

Quantas certezas cabem no peito de um só?
Você jura que vê, mas eu vejo o oposto
Verdades empilhadas feito muros de giz
Basta uma chuva e tudo fica por um triz

Você aponta, eu também
Cada qual com seu desdém
Mas quem sangra no meio
É porque não escolheu bem

No que você acredita?
E quem te ensinou a crer?
Será que a sua história
Precisa me esquecer?
Se só há uma verdade
O resto vira traição
Mas se tudo é só versão
Quem é dono da razão?

Nos altares modernos, as telas pregam
Cada dedo um juízo, cada like uma sentença
E quando a paz é só a pausa entre conflitos
Chamar de amor já é um risco

Você defende, eu também
Mas que mundo isso sustém?
Se a palavra vira arma
O silêncio vira refém

No que você acredita?
E quem te ensinou a crer?
Será que a sua história
Precisa me esquecer?
Se só há uma verdade
O resto vira traição
Mas se tudo é só versão
Quem é dono da razão?

E se eu disser que mudei?
Você vai me escutar ou vai só me rotular?
A fé que constrói também pode excluir
E a dor não escolhe um lado pra cair

No que você acredita?
E quem te ensinou a crer?
Será que a sua história
Precisa me vencer?
Se só há uma verdade
A gente perde a conexão
Mas se tudo é só versão
Ainda vale a discussão?

Ainda vale a discussão?

A canção "Versões" nasce da inquietação diante da rigidez com que muitas pessoas tratam suas próprias crenças — como se a verdade fosse propriedade individual e não uma construção coletiva, frágil e mutável. Em uma sociedade marcada por bolhas ideológicas, julgamentos apressados e narrativas que competem por legitimidade, a música questiona: no que acreditamos, e o que fazemos com isso? A letra aborda as consequências de se transformar verdades em trincheiras, revelando como essa lógica excludente pode gerar isolamento, sofrimento e violência simbólica ou real.

Mais do que apontar dedos, "Versões" convida à autocrítica e à empatia. Ela expõe as armadilhas da comunicação em tempos digitais — onde uma palavra mal colocada pode virar munição e o silêncio, um ato de resistência. Ao trazer metáforas como “muros de giz” e “altares modernos”, a música coloca em cena o contraste entre a convicção e a dúvida, entre o pertencimento e a exclusão. No fundo, ela nos pergunta se ainda somos capazes de ouvir sem rotular, de discutir sem destruir, de conviver sem exigir concordância plena. É um convite à reflexão sobre os limites da nossa própria verdade.

5
Gatilhos
X
  • Letra
  • Inspirações

Gatilhos

O que te faz levantar da cama sem saber o motivo?
Um livro, um medo, um sonho repetido?
Você corre por quê? Você para por quê?
Tem resposta ou só cansaço pra oferecer?

No fundo, ninguém é neutro
Só escolhe onde mergulhar
Uns leem pra entender o mundo
Outros pra não lembrar

O que te faz pensar?
O que te faz calar?
Quem acende tua faísca
E depois te faz queimar?
Tem gatilho que desperta,
Tem gatilho que enlouquece
Qual deles
É o que te enfraquece?

Tem quem ache sentido na dor que repete
E quem fuja da luz quando ela reflete
Cada um com seus portais, suas rotas, seus disfarces
Uns constroem catedrais
Outros destroem as partes

A mente viaja longe
Mas volta pro mesmo lugar
Talvez o que nos comove
Também sirva pra travar

O que te faz pensar?
O que te faz calar?
Quem acende tua faísca
E depois te faz queimar?
Tem gatilho que desperta,
Tem gatilho que enlouquece
Qual deles
É o que te adormece?

É poesia ou anestesia?
É coragem ou fantasia?
Será que refletir demais
Também é uma forma de fugir?

O que te faz pensar?
O que te faz calar?
Quem acende tua faísca
E depois te faz queimar?
Tem gatilho que desperta,
Tem gatilho que enlouquece
Qual deles
É o que te merece?

Qual deles…
É o que te merece?

A canção "Gatilhos" parte da essência humana de buscar sentido — e do paradoxo de que essa mesma busca, muitas vezes, se transforma em fuga. Cada pessoa é movida por algo único: uma memória, uma arte, um silêncio, uma dor. Mas o que nos movimenta também pode nos dominar. A canção investiga esse território instável onde estímulo e anestesia se confundem. O gatilho que desperta a consciência é o mesmo que pode nos paralisar diante dela. O que nos faz refletir sobre o mundo, muitas vezes, também nos faz esquecer sua complexidade

A letra mergulha nesse ciclo entre impulso e consequência, provocando o ouvinte a identificar quais são os seus próprios gatilhos — aqueles que revelam, escondem, inflamam ou apagam partes de si. Ao trazer três variações no refrão, "Gatilhos" se recusa a oferecer respostas prontas. Ela reconhece que o que enfraquece um, adormece outro, e pode, ao fim, até merecer alguém. A canção é, acima de tudo, um convite à consciência: do que nos atravessa, do que nos molda e do que escolhemos esquecer.

6
Insonhável
X
  • Letra
  • Inspirações

Insonhável

Você corre atrás do que alguém já alcançou
Deseja a vista da janela que nunca foi sua
E quando chega lá, o encanto acabou
Tem sempre um novo topo, uma nova rua

Por que o sonho dos outros
Te veste tão bem?
Quem te ensinou que querer
É seguir alguém?

Se for pra sonhar
Que não seja pequeno
Nem cópia de algo
Que já nasceu terreno
Deseje o que ninguém ainda teve coragem
Sonhe o insonhável
Que o mundo muda de imagem

A próxima fase parece mais clara
Mas sempre chega envolta em névoa
E quanto mais se sobe, mais se repara
Que a busca não cessa, só muda a régua

Por que o desejo alheio
Te serve de farol?
E se a luz que te guia
For só o reflexo do sol?

Se for pra sonhar
Que não seja pequeno
Nem cópia de algo
Que já nasceu terreno
Deseje o que ninguém ainda teve coragem
Sonhe o insonhável
Que o mundo muda de imagem

Invente um lugar que não tem nome
Crie um futuro que nem Deus pensou
O que é de verdade só nasce
Quando o impossível ousou

Se for pra sonhar
Que exploda o universo
Não me venha com moldes
Nem sonhos reversos
Deseje o que ninguém ainda teve coragem
Sonhe o insonhável
Que o mundo mude com tua imagem

Sonhe o insonhável…
Mesmo que ninguém entenda a viagem

A música "Insonhável" é um chamado à rebeldia criativa — uma recusa consciente ao ciclo repetitivo de desejos herdados. Em uma sociedade que normaliza a comparação e transforma a conquista em linha de chegada provisória, a canção questiona por que insistimos em sonhar apenas com aquilo que já existe. Por que desejamos o que já foi validado por outros? Por que perseguimos fases que parecem melhores, mas nunca nos bastam? A música lança um olhar crítico sobre essa busca automática e eterna por algo "a mais", que no fundo nos distancia de nós mesmos.

Ao mesmo tempo, Insonhável planta uma semente de liberdade. Ela convida o ouvinte a imaginar o que ninguém jamais ousou desejar. A letra propõe um deslocamento do sonho como imitação para o sonho como invenção. Sonhar o que ainda não tem nome, forma, dono. É um gesto poético e revolucionário — porque sonhar algo novo não é só uma escolha estética, é um ato de transformação. No fim, a música nos lembra que os desejos mais autênticos não se herdam: se criam.